sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

RELATO REFLEXIVO SOBRE O ENSINO DE LIN GUA PORTUGUESA E A FORMAÇÃO                            CONTINUADA – por Carmen Ceres
                Muito já foi dito e visto no tocante a estratégias do ensino de língua materna, mas poucas são realmente eficazes e dão resultados expressivos.
                Já atuo na área de língua portuguesa faz doze anos e muitos colegas já passaram pela minha vida, durante esses anos todos. Alguns com ideias mirabolantes e outros não tão imaginativos, mas o que importa na verdade é o valor que se dá para o que nos parece novo, para o que não entendemos ou alguma coisa que nos faça mudar.
                Contudo, a realidade em que vivemos e a clientela que atendemos, nos influenciam muito na hora de tomarmos as decisões sobre o que e como devemos ensinar em língua portuguesa.
                Muitas vezes cruzar os braços e lavar as mãos é melhor do que lutar  ou tentar fazer algo novo que contrarie a comunidade escolar, porque julgar o que não conhecemos é mais fácil do que apresentar alternativas para mudar essa realidade.
                Ao chegarmos às escolas com ideias novas e, que muitas vezes alguns colegas não entendem, nos faz perceber que somos um grão de areia perto de tudo que precisa ser mudado e dos níveis  que precisamos alcançar para chegarmos  a um resultado satisfatório e concreto
               Toda a luta é árdua e precisa de apoio, afinal de contas, uma andorinha só não faz verão, no máximo um calorzinho, mas a tentativa é valida e precisa ser complementada por outras pessoas que também devem acreditar no mesmo em que acreditamos.
               A formação continuada de que tanto se fala dentro das escolas é um privilégio de poucos e, também, para aqueles que realmente se importam e pretendem mudar seu modo de pensar e agir em relação ao ensino de língua materna, não bastando somente palavras e, sim, sobretudo ações.
               Somos privilegiados porque recebemos a chance dessa formação continuada, através de uma Especialização em Letras e Linguagens, promovida pela Universidade Federal do Pampa, e me sinto uma vitoriosa, mesmo sendo um grão de areia dentro da minha escola, percebo que nossa busca deve sempre primar pelos interesses dos alunos, mesmo que para isso enfrentemos grandes barreiras, afinal de contas, somos batalhadores e não desistimos nunca.